Os textos a seguir são de ficção. Qualquer semelhança com pessoas vivas ou mortas ou com fatos reais terá sido mera coincidência. Especialmente com você.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Chorar não resolve, falar pouco é uma virtude, aprender a se colocar em primeiro lugar não é egoismo. Para qualquer escolha se segue alguma consequência, vontades efêmeras não valem a pena. Perdoar é nobre, esquecer é quase impossível. Quem te merece não te faz chorar, quem gosta cuida, o que está no passado tem motivos para não fazer parte do seu presente. Não é preciso perder pra aprender a dar valor. E os amigos? Ainda se contam nos dedos.

O inferno são os outros - Detonautas

O que seria da tua beleza
se eu fechasse os meus olhos para você?
Do que adiantaria essa tua ideologia
se a tua própria liberdade se transformasse em opressão?

Escute o meu silêncio

Talvez você nem tenha percebido
que eu te quis também
Se ao menos eu pudesse te mostrar
que o inferno são os outros

Você não quis me escutar
e o tempo não parou

Vou sair pra ver o sol
Vou mentir e dizer que não sou feliz
Vou sair pra ver o sol
Deixo a porta aberta se quiser voltar
mas saiba que eu também consigo viver só

A solidão quem me ensinou a ser mais forte
E a qualquer lugar eu vou sem medo

Você não quis me escutar
e o tempo não parou

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Quem nunca namorou de longe, não vai conseguir entender metade do que eu vou escrever nessa crônica, porque só quem já passou por essa experiência sabe o quanto ela é difícil. Mesmo assim vou tentar explicar, para todas as vezes que vocês se depararem com alguém reclamando da ausência do namorado, não começarem com as manjadas frases que não fazem nada pela pessoa solitária: “Ah, mas pelo menos quando vocês se encontram tudo é festa, nem tem tempo pra brigar.” Ou: “O tempo está passando rapidinho, logo o próximo feriado chega.” Ou ainda: “É bom que no período que ele está longe você pode curtir com os amigos.”

Só quem namora à distância sabe o quanto essas frases são mentirosas. O tempo não está passando rapidinho, pode até passar pra quem está com o namorado do lado, podendo ir com ele ao cinema em plena quarta-feira, mas pra quem conta cada dia para o próximo encontro, o tempo custa a passar. Chega o Natal, mas não chega o fim-de-semana. E quando finalmente ele chega, aí sim, o tempo voa. E lá vamos nós, voltar para a contagem regressiva até a próxima vez.

Quem namora (não só à distância) sabe que sair com os amigos quando se tem namorado não é nem de longe tão divertido quanto sair com os amigos na condição de solteira. Primeiro, porque os amigos se dividem em dois grupos: solteiros e casais. Os solteiros geralmente saem para paquerar. E os casais não querem saber de vela (a não ser que sejam outros casais). Ou seja: quem namora e não tem o namorado por perto é um pária da sociedade, um excluído. Eu, por exemplo, não gosto de segurar vela. E nem acho graça (e nem acho lícito) paquerar outras pessoas. Acabo então, na maioria das vezes, indo só ao cinema, onde não têm apenas casais e a paquera não é obrigatória, mas isso acaba agravando a saudade, porque cinema é o lugar onde namorado mais faz falta, seja pra dividir a pipoca, os beijos ou as opiniões depois que o filme terminar.

Só quem tem que namorar pelo telefone sabe que essa história de ter menos brigas por causa da distância é pura ilusão de quem nunca passou por essa situação. A quilometragem que separa um casal é diretamente proporcional à quantidade de ciúme. Você, toda bem intencionada, confia no seu namorado, acredita que ele está lá tomando um choppinho com os amigos e sentindo tanto a sua falta quando você está dele. Até que chega a sua amiga e te diz que ele, com certeza, está na gandaia, que é pra você abrir o olho. Vem o cara que te paquera no barzinho (naquela tentativa que você fez de sair com a amiga solteira) e te pergunta – quando você diz pra ele cair fora porque é comprometida – se você sabe o que o seu namorado está fazendo naquele minuto. Chega o seu amigo que já passou por essa situação e manda você fazer marcação cerrada, porque homem é tudo igual e quando bebe esquece do estado-civil. É difícil, depois desse bombardeio, a confiança ficar intacta, ainda mais se você telefona pra provar que todo mundo está enganado e o celular dele cai na caixa-postal... Acabamos gastando o precioso tempo dos encontros discutindo a relação enquanto poderíamos estar repondo o tempo perdido.

Quem passa a maioria dos dias longe do namorado sabe como é chata a condição de se ter que ir embora bem na melhor parte. Porque é assim: depois de separados por um período, não é a mesma coisa se encontrar como se vocês tivessem se visto na noite anterior. O reconhecimento demanda um tempo. Você estranha a pessoa um pouco. Vários pensamentos vêm à cabeça: “Que blusa nova é essa?”, “Da última vez ele não estava de cavanhaque.”, “Quem são esses amigos que eu não conheço?”, “Que gíria diferente é essa que ele aprendeu a usar?” Coisinhas bobas, que quem convive no dia-a-dia não tem que passar, pois sabe de quem ele pegou a gíria, acompanhou o crescimento do cavanhaque, ajudou ele a comprar a blusa, viu ele fazer a nova amizade. Você demora um tempinho, mas acaba se acostumando e até gostando das novidades. Então, bem nesse momento, você olha o calendário e vê que já vai embora amanhã. No próximo encontro outras novidades terão tomado lugar dessas que você já conhece e lá vai você passar por outra adaptação.

Só quem namora à distância sabe o quanto é difícil uma despedida. Ele pode viajar por apenas três dias. Se vocês estivessem na mesma cidade, poderia ser até que nem se encontrassem nesse período, mas pelo menos vocês tinham a certeza de estar ali, a poucos minutos de distância. Mas basta que ele feche a mala que o seu coração se fecha também... é que os momentos passados juntos são tão valiosos que dá medo se separar. Medo do avião, do ônibus, da estrada, do destino.

Quem passa a maioria dos dias sem o namorado perto sabe como é fria a cama na segunda-feira posterior a um fim de semana passado juntos. Dá uma tristeza sem fim olhar para o lado e deparar com aquele espaço imenso que ele deixou. Só resta abraçar o bicho de pelúcia que ele te deu e sonhar com o próximo encontro, torcendo para que ele venha logo e dure mais.

Só quem namora assim, de longe, sabe que mesmo com todas essas dificuldades, o amor compensa. Porque quando o namorado chega, o mundo fica mais colorido. Os poucos momentos são tão intensos que se estocam na memória, nos abastecendo até a próxima dose. E só quem namora desse jeito sabe o quanto é bom ter a esperança de que um dia aquela distância encurtará de vez e os encontros não terão prazo, necessidade e nem vontade de acabar...
Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.

domingo, 25 de julho de 2010


E de repente, você conhece alguém, que passa a fazer parte da sua vida, e mais rapido do que começou, isso termina, e você percebe que nunca gostou de alguém como gosta desse alguém, e ele te faz falta, muita falta, e vocês nao vão mais ficar juntos. Você sai com outras pessoas, pra tentar esquecer, e quase consegue, pra depois perceber que uma pessoa nao te faz esquecer outra, e as coisas perdem meio que seu sentido essencial, e você quer ir nos lugares que esse alguém vai estar, mas ao mesmo tempo, tem medo de vê-lo. É uma necessidade que ao mesmo tempo é um pavor. E voce pensa em se declarar, de novo, mas hey, ele ja sabe. E você descobre que beijar bocas aleartórias não tem mais a minima graça e os programas que você adorava, ja nao te divertem, e que tudo, exatamente tudo, vai te lembrar o que voce mais quer esquecer e ao mesmo tempo, o que você mais deseja lembrar.E por fim, descobre que seu quarto, de porta fechada, é o melhor lugar do mundo.

domingo, 18 de julho de 2010

sábado, 17 de julho de 2010

" De saco cheio de promessas baratas. De bocas aleatórias. De pessoas que nada sabem a seu respeito. De carinho com muita mão e pouco sentimento. "

e de novo, uma postagem antiga, faz sentido.

Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo. 
Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo: 
pularia pelada de bungee jump. 
Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer 
espírito. 
Mas amor não se pede, imagine só. 
Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso. 
Ei, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso. 
Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não. 
Amor não se pede, é uma pena. 
É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira. 
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos. 
Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema? 
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei. 
Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto. 
Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta. 
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar. 
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia. 
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta. 
Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais.
São tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa. 
É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida. 
É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz. 
Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado. 
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar. 
É triste lembrar como eu ria com ele. 
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa? 
Ele sabe, ele sabe.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

E então ele disse, a culpa é sua. Mas meu amor, não arranje desculpas. A culpa não é minha, a culpa é sua também, a culpa é nossa. Se eu te afastei, você me afastou também, tente entender. No momento, NADA mais faz diferença, nada. Então fica assim, boa sorte. Mas aprenda uma coisa. Não culpe as pessoas pelos seus erros, pela sua falta de fidelidade... Seja homem o bastante para dar aquela pegada, mas principalmente, seja homem o bastante para dizer que errou também e nunca, nunca tente achar desculpas para suas ações.

Então ele disse fim. E eu disse sem problemas. Mas como não tem problema? É claro que tem problema. Tem problema porque ele me faz uma pessoa melhor, tem problema porque ele me devolveu a felicidade que eu não sentia a muito tempo, tem problema porque meus melhores e mais imorais pensamentos, pertenciam a ele. Mais vai fazer com que ele saiba disso, vai fazer. Quer saber? Ele sabe, ele sabe. Então eu disse fim, e ele disse sem problemas.

Porque você chegou quando eu não queria ninguém, e meu coração estava em pedaços, e eu sentia falta dele. Mas você sorriu pra mim, e isso me deixou instigada. Estendeu-me a mão quando eu queria cair. E me fez querer segura-la.  Mas eu não conseguia alcançar, era como se eu estivesse presa em uma redoma de vidro, e não conseguisse sair. A pessoa certa, no momento errado... A pessoa certa, que transforma o momento errado, no melhor momento. É como milhares de trincas aparecendo na redoma que me envolve... É você chegando.

sábado, 8 de maio de 2010

E a musica insiste em não sair da minha cabeça.

Gostava Tanto de Você

Tânia Mara

Bom Conselho

Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado, quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio o vento
Na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade

Chico Buarque

quarta-feira, 5 de maio de 2010

O tempo passa, a vida segue, e somos obrigados a crescer! Sabe, na verdade as coisas nem são tão dificeis assim, por que tudo na vida tem seu preço, tudo tem um motivo! Os detalhes, os sorrisos, as lagrimas, tudo aquilo que faz parte da nossa vida, vira cotidiano. Aqueles momentos perfeitos que ficam presos no tempo, que se perdem no passado e fazem com que tudo o que sonhamos seja esquecido em questão de segundos! O amor, áah o amor, quem pode explicar um sentimento que é tão simples e ao mesmo tempo tão real? Só quem ama é capaz de definir esse sentimento! Queria eu, ser capaz de ter explicação para todas as coisas que a vida coloca na minha frente. Poder definir reações, relações, poder saber o que as pessoas estão sentindo, e saber se aquilo é verdadeiro. Queria poder sentir a liberdade de poder voar, sentir o vento bater na minha cara, e gritar pro mundo ouvir, que a melhor coisa da vida, é ser livre! Poder sentir que esta tudo bem, e que nada vai estragar os melhores momentos da minha vida! Seria tão bom poder ter certeza que tudo vai dar certo, e que nada vai dar errado. Ter certeza, que vamos ir dormir, depois de um dia ruim, e quando acordar, vai estar tudo bem, saber que tudo volto ao normal! Saber que tudo o que estamos fazendo tera um resultado bom, que nada é em vão. Mais na verdade a vida nem é assim, as pessoas são tão ruins, e as coisas nem sempre dão certo!
Seria tão bom saber que o sol irá brilhar todos os dias, e que tudo é sempre perfeito. Que nada na vida tem erros, e que nada vai estragar aqueles dias tão bons! Mais não! Nem sempre o sol irá brilhar, nada é perfeito, quase tudo na vida é errado e sempre quase tudo acaba com aqueles dias perfeitos! E de que adiantou tanto esforço? Tanto suor, e tantas palavras jogadas foras? Palavras ao vento, e pessoas a merçe da própria sorte! De que adianta crescer e não conseguir nem encarar os problemas? Não ter forças para seguir em frente, por medo de não saber o que vai encontrar no caminho! De que adianta erguer a cabeça, pra tentar olhar o futuro, se sempre tem algo pra nos fazer abaixar a cabeça de novo. Nada nunca vai ser como antes, como foi um dia, ou qualquer coisa do tipo. Tentamos, erramos, caimos, nos levantamos, mais nem sempre aprendemos! Que vontade de jogar tudo pro alto, sair correndo mundo a fora, e mostrar pra todo mundo, que no final, a gente sempre consegue! Eu quero olhar o futuro sem medo, sem medo de tentar de novo, sem medo de ser feliz e de ver que eu consigo! Mais no fundo vale a pena insistir, é so ter força pra continuar. Levanta essa cabeça e vá em frente, um sonho só vira realidade quando não só sonhamos, mais tambem corremos atraz dele, e se voce quer se limitar, tudo bem. Mais não deixe que ninguem faça isso por voce! 

terça-feira, 4 de maio de 2010

Os problemas do mundo se resolveriam se todos fizessem sexo com a mesma intensidade que pensam em fazê-lo.
O mundo precisa de sorrisos. Sorrisos que vem sem pedir. Inesperados. Sinceros. O sorriso dispensa palavras. Portanto, sorria. Isso basta.

segunda-feira, 3 de maio de 2010


E depois de tanto tempo você ainda me faz falta. Faz falta, porque todos os nossos momentos estão gravados em mim. Como num filme. E como num filme, ainda espero você chegar, com um sorriso bobo, e dizer o quanto precisa de mim. Mais então, eu lembro que isso não é um filme, eu não sou uma princesa, nem você um príncipe. Isso é a vida real. Então me vem aquele aperto, aquela vontade de chorar. E eu lembro que a gente não mais se fala, não mais se beija. Então eu sinto aquela saudade no peito. Aquela saudade gostosa de tudo que já se foi e não volta mais. Mas a vida é assim. A gente não cresce pra viver as mesmas coisas. E a vida continua.
Eu não queria me sentir assim. Sinto falta dos teus braços, dos teus abraços. Das palavras sussurradas ao pé do ouvido. Do seu toque, arrepio. Dos sorrisos, das noites estreladas na rede, das viagens, dos jantares e de tudo que não vivemos. Agora tudo perdeu um pouco do seu sentido essencial. Eu não quero pedir nem cobrar nada. Apenas te lembrar, da bagunça que ficou quando você foi embora. O quão rápido fui substituída, foi como um tapa no rosto. Eu só queria lembrar de quando você disse que eu o teria pra sempre. E toda vez que eu arranho minhas unhas nas costas de outro alguém, eu espero que você sinta. Você pode sentir?
"Se implorar resolvesse, não me importaria. De joelhos, no milho, em espinhos, agachada, com o cofrinho aparecendo.
Uma loucura qualquer, se ajudasse, eu faria com o maior prazer. Do ridículo ao medo:
pularia pelada de bungee jump.
Chorar, se desse resultado, eu acabaria com a seca de qualquer Estado, de qualquer
espírito.
Mas amor não se pede, imagine só.
Ei, seu tonto, será que você não pode me olhar com olhos de devoção porque eu estou aqui quase esmagada com sua presença? Não, não dá pra dizer isso.
Ei, será que você pode me abraçar como se estivéssemos caindo de uma ponte porque eu estou aqui sem chão com sua presença? Não, você não pode dizer isso.
Ei, monstro do lixo, será que você pode me beijar como um beijo de final de filme porque eu estou aqui sem saliva, sem ar, sem vida com a sua presença? Definitivamente, não, melhor não.
Amor não se pede, é uma pena.
É uma pena correr com pulinhos enganados de felicidade e levar uma rasteira.
É uma pena ter o coração inchado de amar sozinha, olhos inchados de amar sozinha. Um semblante altista de quem constrói sozinho sonhos.
Mas você não pode, não, eu sei que dá vontade, mas não dá pra ligar pro desgraçado e dizer: ei, tô sofrendo aqui, vamos parar com essa estupidez de não me amar e vir logo resolver meu problema?
Mas amor, minha querida, não se pede, dá raiva, eu sei.
Raiva dele ter tirado o gosto do mousse de chocolate que você amava tanto.
Raiva dele fazer você comer cinco mousses de chocolate seguidos pra ver se, em algum momento, o gosto volta.
Raiva dele ter tirado as cores bonitas do mundo, a felicidade imensa em ver crianças sorrindo, a graça na bobeira de um cachorro querendo brincar.
Ele roubou sua leveza mas, por alguma razão, você está vazia.
Mas não dá, nem de brincadeira, pra você ligar pro cara e dizer: ei, a vida é curta pra sofrer, volta, volta, volta.
Porque amor, meu amor, não se pede, é triste, eu sei bem. É triste ver o Sol e não vê-lo se irritar porque seus olhos são claros demais.
São tristes as manhãs que prometem mais um dia sem ele, são tristes as noites que cumprem a promessa.
É triste respirar sem sentir aquele cheiro que invade e você não olha de lado, aquele cheiro que acalma a busca. Aquele cheiro que dá vontade de transar pro resto da vida.
É triste amar tanto e tanto amor não ter proveito. Tanto amor querendo fazer alguém feliz.
Tanto amor querendo escrever uma história, mas só escrevendo este texto amargurado.
É triste saber que falta alguma coisa e saber que não dá pra comprar, substituir, esquecer, implorar.
É triste lembrar como eu ria com ele.
Mas amor, você sabe, amor não se pede. Amor se declara: sabe de uma coisa?
Ele sabe, ele sabe. "

Gabi Marcedo

domingo, 2 de maio de 2010

Um dia de domingo

Eu preciso te falar, te encontrar de qualquer jeito. Pra sentar e conversar... Depois andar de encontro ao vento. Eu preciso respirar o mesmo ar que te rodeia e na pele quero ter o mesmo sol que te bronzeia. Eu preciso te tocar e outra vez te ver sorrindo. Te encontrar num sonho lindo. Já não dá mais pra viver um sentimento sem sentido, eu preciso descobrir a emoção de estar contigo, ver o sol amanhecer e ver a vida acontecer como um dia de domingo... Faz de conta que ainda é cedo, tudo vai ficar por conta da emoção. Faz de conta que ainda é cedo e deixar falar a voz, a voz do coração.

E daí se vai pra onde?

As pessoas seguram uma risada quase de pena. Mas se ele nem morava aqui, mas se ele não ficou mais do que uma semana com você, mas se já faz tempo que ele se foi, sem nunca ter sido. Então o quê? Nem eu sei. Mas sei da minha enxaqueca que já dura uma semana. Latejando sem parar. O coração que subiu nos meus ouvidos. Gritando que sente falta e pronto. Eu sinto falta de ligar o celular, depois do avião aterrissar, e ter uma mensagem sua dizendo que vai dar tudo certo. E sorrir mesmo estando numa fila gigantesca para o táxi, embaixo daqueles 78 graus do Rio de Janeiro. Não tem poesia nem palavra difícil e nem construção sofisticada. O amor é simples como sorrir numa droga de fila. E não se sentir mais sozinho e nem esperando e nem desesperado e nem morrendo e nem com tanto medo. Eu sinto falta de querer fazer amigos em qualquer festa, só pra conhecer gente estranha e te contar depois. Agora, eu fico pelos cantos das festas. Voltei a achar todo mundo feio e bobo e sem nada a dizer. Porque eu acho que estava gostando mais das pessoas só porque te via em tudo. Agora as pessoas voltaram a me irritar. E eu voltei a ter que fazer muita força pra sair de casa. Quando alguém não entende o meu amor, eu lembro daquele dia que você não queria tocar violão pra mim. Até que dedilhou reclamando que não era o seu violão. Daí tentou uma música conhecida. Tentou uma menos conhecida. Daí tocou uma sua, com a voz baixinha e olhando pro nada. E então me encarou e cantou com a voz alta. E então largou o violão, me encarou e cantou bem alto a sua dor, de pé, na minha frente, e eu achei que meu peito ia explodir. E ri achando que você ia sair correndo e dar um show na padoca da frente. E naquele momento eu pensei que poderíamos ser infinitos se fossemos música. E isso explica tudo, mas ninguém entende. Você entende. Mas cadê você?
Quando vai dando assim, tipo umas onze da noite, o horário que a gente se procurava só pra saber que dá pra terminar o dia sentindo algum conforto. Quando vai chegando esse horário, eu nem sei. É tão estranho ter algo pra fugir de tudo e, de repente, precisar principalmente fugir desse algo. E daí se vai pra onde?

Three reasons why I told you that our story had to end like this, for a happy ending be better. If our life was still not equal to something outside the normal, unable to grow, with only one chance to live.

sábado, 1 de maio de 2010

No fim tudo dá certo, se ainda não deu certo, é porque não chegou ao fim. Acredite. Nada é tão ruim que dê sempre errado, nada é tão bom que dê sempre certo. Ninguem é tão desprovido de massa encefálica pra fazer tudo dar errado sempre, ninguém é tão sortudo pra fazer tudo dar certo.
Se você acha que tudo está dando errado, que tal olhar as coisas por outro ângulo? Só porque não está acontecendo do jeito que você quer, não significa que está dando errado.

quarta-feira, 28 de abril de 2010


Desde sempre escutamos falar do amor. Mas o que é o amor? Ultimamente, ‘eu te amo’, é que nem bom dia. Malditos sites de relacionamento, maldito MSN. Conhece-se alguém hoje, e amanha já deixa um depoimento falando que ama. Mas não, o amor não é isso. O amor não é instantâneo. A humanidade está com sede de amor, de amor verdadeiro. Amor de todos os tipos. Incondicional. Seja amor de amigo ou aquele que os familiares não dizem. Mas, principalmentee, o amor Eros, aquele pelo sexo oposto. Aquele que te anula, que faz você perder a cabeça. É quando há reciprocidade. Quando um simples abraço gera um arrepio, um sorriso acelera o coração, que bate mais lenta e rapidamente ao mesmo tempo. Quando palavras são dispensáveis, pois os olhos falam por si só. E o corpo? Ah, o corpo. Esse insiste em nos delatar a todo tempo, quanto mais a mente tenta ser racional e não fazer loucuras, o corpo faz exatamente o contrario, deseja, incendeia.
Mas a banalização entre os sexos, o “ficar”, a falta de compromisso, elimina, erradica, esse sentimento que é a base da nossa existência. O ‘ amar ‘, vira ‘gostar’. O amor não surge, tem que ser construído, e construído aos poucos, para ter uma base sólida. O gostar não, ele aparece de repente, junto com a afinidade, e com a mesma rapidez que ele surge, ele some.
A falta do sentimento verdadeiro está chegando a um ponto tão extremo, mas tão extremo, que até o oposto do amor está em extinção. Assim como as pessoas não tem tempo nem seriedade para amar, não têm para odiar também. Com o ódio, você perde horas pensando, perde noites, fica indignado. Mas pelo menos se lembra da pessoa. Hoje, ninguém mais odeia ninguém, falta tempo para isso, falta disponibilidade. O ódio foi substituído pela indiferença. Indiferença. O sentimento mais terrível, mais destruidor, que alguém pode sustentar. O que é a indiferença? É nada. A pessoa vira um nada pra você. Tanto faz se ainda vive, se comprou um carro, se está triste, se está com um novo amor. Seria ótimo pro indiferente se fosse simplesmente isso, se deletasse a pessoa da memória e todos os problemas se resolvessem com o esquecimento. Mas felizmente pro resto da humanidade, existe a lei da ação e reação. Tudo que vai volta.
Sempre há mais de um caminho, sempre há mais de uma opção. Basta olhar com calma. Somos autores do nosso destino.

ele é só um cara é só um cara. e quer mesmo saber ? é um cara como todos os outros caras. esse que te perguntou as horas no meio da rua – podia ter sido ele e você nem ligou. o mendigo, o ginecologista, o padre, o dealer. ele estava ali o tempo todo, e não estava. ele é só um deles. vários, uma legião, e ninguém mais. é só um cara e não a sua vida. e não todos os dias da sua história, e não todas as suas lágrimas juntas em um único sábado solitário. ele não é o destino. é um cara. existem muitos destinos. ele é só um cara que mal sabe escolher os próprios perfumes. não sabe sangrar, não sabe que nome daria a um filho, não pode ficar mais tempo. ele é só um cara perdido como muitos outros caras que você encontrou, e perdeu. ele é só um cara. e você já esqueceu outros caras antes.

E o tempo passa, e cada vez mais eu te quero. É com você que eu espero encontrar em meus sonhos a cada vez que deito a cabeça no travesseiro, o brilho dos seus olhos, seu sorriso... Um desejo insano. Meus pensamentos em você me fazem nunca desistir, me fazem esquecer tudo que passou, e sonhar. Fazem-me ser eu mesma, arriscar sem medos, pois por maior que seja o tombo, tenho você. E isso basta. É você que me fortalece todos os dias. Talvez eu não te tenha como você me tem, mas isso realmente não importa, ou talvez importe por alguns instantes, mas seu sorriso me faz esquecer esse mero detalhe, me faz viajar, acreditar que contos de fadas podem não existir, mas que existe alguém feito pra gente, como um príncipe encantado, com o dom de fazer nosso coração bater lento e rapidamente ao mesmo tempo...

segunda-feira, 1 de março de 2010

Digitais

Isabella Taviani

Composição: Isabella Taviani
Eu tava aqui tentando não pensar no seu sorriso
Mas me peguei sonhando com sua voz ao pé do ouvido
E te liguei
Me encontro tão ferida, mas te vejo ai também em carne viva
Será que não tem jeito?
Esse amor ainda nem nasceu direito, pra morrer assim
Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, eu não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos
Me mata essa vontade de querer tomar você num gole só
Me dói essa lembrança das suas mãos em minhas costas
Sob o sol da manhã
Você já me dizia: conheço bem as suas expressões
Você já me sorria ao final de todas as minhas canções
Então por que?
Se você pudesse ter me ouvido um pouco mais
Se você tivesse tido calma pra esperar
Se você quisesse poderia reverter
Se você crescesse e então se desculpasse
Mas se você soubesse o quanto eu ainda te amo
É que eu não posso mais
Não vou voltar atrás
Raspe dos teus dedos minhas digitais
Eu não vou voltar atrás
Apague da cabeça o meu nome, telefone e endereço
Eu não vou, não vou voltar atrás
Arranque do teu peito o meu amor cheio de defeitos
Cheio de defeitos...

domingo, 28 de fevereiro de 2010

pra quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve


O que realmente você quer? Do que você precisa? Precisamos saber quem sou e onde queremos chegar. Algum autor escreveu algo parecido com “pra quem não sabe aonde quer chegar, qualquer caminho serve”. É basicamente assim que vivem as pessoas. Quem são ? não sabem dizer. Pra onde vão? não sabem dizer. Precisamos fazer a diferença, desistir dessa vida de outonos, optar pelos extremos. Mas não radicalmente, um grão de cada vez, um passo de cada vez. Devemos insistir, persistir e insistir, traçar metas e objetivos, pois quando sabemos aonde queremos chegar, os caminhos se restringem.